ATA DA SESSÃO DE INSTALAÇÃO DA QUINTA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 17-12-2002.

 


Aos dezessete dias do mês de dezembro de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e trinta e três minutos, foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Estilac Xavier, Fernando Záchia, José Fortunati, Luiz Braz, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e foi aprovado Requerimento do Vereador Estilac Xavier, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Zé Valdir, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada pelo Vereador Marcelo Danéris, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento do Suplente Darci Campani em assumir a vereança no dia de hoje, em substituição ao Vereador Estilac Xavier. Também, face Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Sebastião Melo e Marcelo Danéris, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos da presente Sessão. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e o Vereador Marcelo Danéris manifestou-se sobre os trabalhos da presente Sessão. Às quatorze horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta minutos, nos termos regimentais. Após, o Senhor Presidente prestou informações sobre os trabalhos da presente Sessão, tendo o Vereador Marcelo Danéris manifestado-se a respeito. Às quatorze horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e sete minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi aprovada a composição da Comissão Representativa, que ficou assim constituída: Titulares, Vereadores Adeli Sell, Almerindo Filho, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, Luiz Braz, Maria Celeste Paulo Brum, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Valdir Caetano; Não-Titulares: pela Bancada do PMDB, Vereador Fernando Záchia; pela Bancada do PDT, Vereadores Dr. Goulart e Nereu D’Avila; pela Bancada do PTB, Vereador Cassiá Carpes; pela Bancada do PT, Vereadores Aldacir Oliboni e Marcelo Danéris; pela Bancada do PPB, Vereador João Carlos Nedel; pela Bancada do PSDB, Vereador Antonio Hohlfeldt. A seguir, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre os trabalhos da presente Sessão, tendo o Vereador Reginaldo Pujol manifestado-se a respeito. Às quatorze horas e cinqüenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi aprovada a composição das Comissões Permanentes, que ficaram assim constituídas: Comissão de Constituição e Justiça, Vereadores Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Elói Guimarães, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Nereu D’Avila e Marcelo Danéris; Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, Vereadores Aldacir Oliboni, João Carlos Nedel, Adeli Sell, Carlos Alberto Garcia e José Fortunati; Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, Vereadores Raul Carrion, Maristela Maffei, Valdir Caetano, João Bosco Vaz e Fernando Záchia; Comissão de Educação, Cultura e Esportes, Vereadores Clênia Maranhão, Haroldo de Souza, Pedro Américo Leal, Paulo Brum e Isaac Ainhorn; Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, Vereadores Cassiá Carpes, Ervino Besson, Antonio Hohlfeldt, Carlos Pestana e Maria Celeste; Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Vereadores Beto Moesch, Dr. Goulart, Almerindo Filho, Estilac Xavier e Sebastião Melo. Na oportunidade, face Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Clênia Maranhão e Elói Guimarães, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos trabalhos da presente Sessão. Também, o Senhor Presidente registrou a presença dos Vereadores André Tibolla, do PMDB, Nadir Slongo, do PSB, e Ademar Nunes da Fonseca, do PMDB, do Município de Santo Expedito do Sul – RS; do Vereador Rovílio Fortuna, do PTB, Presidente da Câmara Municipal de Santo Expedito do Sul – RS; da Vereadora Maria Ivania Oliveira, do PTB, do Município de Palmares do Sul – RS; dos Vereadores Idamir Lago e Jair Zorzanello, do PMDB, do Município de Itatiba do Sul – RS; do Vereador Edemar Luckemeyer, do PPB, do Município de Tuparendi - RS; do Vereador Milton Floriano Rickmann, do PPB, Presidente da Câmara Municipal de Tuparendi – RS; e do Vereador Alfeu José Seibel, do PPB, Presidente da Câmara Municipal de Campina das Missões - RS. Às dezesseis horas e quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e quarenta e um minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Juarez Pinheiro, que comunicou a eleição dos Vereadores Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon aos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidenta da Comissão de Constituição e Justiça; concedeu a palavra ao Vereador Raul Carrion, que comunicou a eleição de Sua Excelência e da Vereadora Maristela Maffei aos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidenta da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação; concedeu a palavra ao Vereador Aldacir Oliboni, que comunicou a eleição de Sua Excelência e do Vereador João Carlos Nedel aos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidente da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul; concedeu a palavra à Vereadora Clênia Maranhão, que comunicou a eleição de Sua Excelência e do Vereador Haroldo de Souza aos cargos, respectivamente, de Presidenta e Vice-Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes; concedeu a palavra ao Vereador Beto Moesch, que comunicou a eleição de Sua Excelência e do Vereador Dr. Goulart aos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente; concedeu a palavra ao Vereador Cassiá Carpes, que comunicou a eleição de Sua Excelência e do Vereador Ervino Besson aos cargos, respectivamente, de Presidente e Vice-Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador João Antonio Dib, Presidente eleito da Câmara Municipal de Porto Alegre, que rememorou acontecimentos que permearam o processo eleitoral que culminou com a eleição da Mesa Diretora, da Comissão Representativa e das Comissões Permanentes deste Legislativo para o ano vindouro. Ainda, instou que o acordo assinado entre as Lideranças políticas deve viabilizar a administração desta Casa, promover reforma e atualização do Regimento, bem como garantir a autonomia do Poder Legislativo municipal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Marcelo Danéris manifestou-se sobre a definição dos integrantes da Mesa Diretora para o ano de dois mil e três, iniciada durante a Sexta Sessão Extraordinária da Segunda Sessão Legislativa Ordinária, afirmando que a eleição do Vereador João Antonio Dib para o cargo de Presidente desta Casa traduz o respeito e o reconhecimento do povo porto-alegrense ao trabalho desempenhado por Sua Excelência neste Legislativo. A Vereadora Clênia Maranhão parabenizou o Vereador João Antonio Dib pela eleição de Sua Excelência ao cargo de Presidente desta Casa para o ano vindouro, tecendo considerações sobre as relações políticas desenvolvidas pelo Senhor Luís Inácio Lula da Silva, Presidente eleito do Brasil, no intuito de buscar uma composição pluripartidária para governar o País. Nesse sentido, analisou criticamente o processo de eleição da Mesa Diretora deste Legislativo para o próximo ano. O Vereador Cassiá Carpes cumprimentou os Vereadores que integrarão a Mesa Diretora e a presidência das Comissões Permanentes no ano dois mil e três, externando a satisfação de Sua Excelência pela participação do Partido Trabalhista Brasileiro na composição da referida Mesa. Também, destacou a importância de um exame acurado do Regimento, defendendo a necessidade de alterações no mesmo, com a finalidade de dirimir questões dúbias nele verificadas. O Vereador Isaac Ainhorn saudou o Vereador João Antonio Dib pela eleição de Sua Excelência ao cargo de Presidente desta Casa, discursando sobre a conduta dos Senhores Vereadores durante o processo de definição da Mesa Diretora e ressaltando o caráter democrático do mesmo. Também aludiu à relevância da reformulação do Regimento, no que tange à questão da proporcionalidade partidária a ser observada para a composição da Mesa Diretora. O Vereador Pedro Américo Leal pronunciou-se sobre os trabalhos realizados nas Sessões Plenárias convocadas com o objetivo de eleger a Mesa Diretora desta Casa para o ano dois mil e três, salientando o apoio de Sua Excelência à indicação do Vereador João Antonio Dib ao cargo de Presidente deste Legislativo. Ainda, enfocou acordo firmado entre as Bancadas do PPB e do PT, com assento neste Legislativo, com a finalidade de eleger o referido Vereador. O Vereador Sebastião Melo saudou o Vereador João Antonio Dib e os demais Vereadores que se elegeram para os cargos da Mesa Diretora deste Legislativo, ressaltando que, no entender de sua Excelência, não foram respeitados os critérios de proporcionalidade a serem observados para a composição da mesma. Também, explanou sobre a postura a ser adotada pelo futuro Presidente desta Casa, no que diz respeito às relações estabelecidas com o Executivo Municipal. O Vereador Haroldo de Souza discursou sobre os trabalhos políticos realizados nesta Casa no ano de dois mil e dois, cumprimentando o Vereador João Antonio Dib pela eleição de Sua Excelência como Presidente deste Legislativo para o próximo ano. Nesse sentido, examinou criticamente a condução do processo de escolha da formação da futura Mesa Diretora e exaltou o posicionamento adotado pelo Vereador Reginaldo Pujol durante o transcorrer do mesmo. O Vereador Raul Carrion felicitou os Vereadores que integrarão a Mesa Diretora no ano vindouro, registrando o empenho demonstrado pelas Bancadas dos Partidos com assento nesta Casa em buscar um solução consensual sobre esse tema. Ainda, homenageou a postura do Vereador Pedro Américo Leal no desenvolvimento desse pleito e agradeceu o apoio recebido pela eleição de Sua Excelência como Presidente da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação para o próximo ano. O Vereador Luiz Braz manifestou-se sobre a eleição da Mesa Diretora deste Legislativo para o ano de dois mil e três, congratulando o Vereador João Antonio Dib pela eleição de Sua Excelência ao cargo de Presidente desta Casa. Em relação ao assunto, chamou a atenção para a necessidade de alterações no Regimento, propondo um estudo criterioso sobre o mesmo e enalteceu a conduta do Vereador Reginaldo Pujol durante o transcorrer desse processo eletivo. O Vereador Carlos Alberto Garcia examinou as relações políticas que nortearam a eleição da Mesa Diretora para o próximo ano, referindo-se ao pronunciamento do Vereador Pedro Américo Leal, no que diz respeito à composição partidária da mesma. Ainda, enfocou os debates realizados pelos Senhores Vereadores, relativamente aos dispositivos regimentais que orientaram o referido pleito e manifestou seu apoio à futura gestão do Vereador João Antonio Dib. A seguir, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos sobre a realização da Décima Terceira Reunião Ordinária da Segunda Comissão Representativa, a ser realizada amanhã, às nove horas e trinta minutos e registrou a realização de Missa de Natal amanhã, às dez horas, no Teatro Glênio Peres. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Reginaldo Pujol teceu considerações sobre o pleito realizado neste Legislativo para eleger a Mesa Diretora para o ano de dois mil e três, afirmando que, no entender de Sua Excelência, a referida eleição transcorreu de forma democrática, no sentido de expressar a vontade da maioria dos Senhores Vereadores. Também, agradeceu a solidariedade recebida por Sua Excelência durante esse processo e mencionou a possibilidade de convocação extraordinária desta Casa, pelo Executivo Municipal. A seguir, os Vereadores João Antonio Dib e Pedro Américo Leal manifestaram-se sobre os trabalhos da presente Sessão. Às dezoito horas e oito minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente informou a realização, no dia vinte e três de dezembro do corrente, às quatorze horas, da Sexta Sessão Legislativa Extraordinária, e declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão e da Quinta Sessão Legislativa Extraordinária, convocando os Senhores Vereadores Titulares da Segunda Comissão Representativa para a Reunião Ordinária a ser realizada amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores José Fortunati, Carlos Alberto Garcia e Aldacir Oliboni e secretariados pelo Vereador Aldacir Oliboni. Do que eu, Aldacir Oliboni, 3° Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores 1° Secretário e Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Requerimento, de autoria do Ver. Estilac Xavier, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, encontrando-se impossibilitado de assumir a titularidade na Câmara no dia de hoje, 17 de dezembro.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Estilac Xavier e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

Consultamos se algum Partido utilizará o tempo de Comunicação de Líder?

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Pergunto se a Mesa já recebeu das Lideranças as indicações para as composições das Comissões. Se já recebeu, este Vereador quer ter acesso a essas informações.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Não recebeu, e V. Ex.ª poderá fazê-lo, se quiser.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS (Questão de Ordem): Sr. Presidente, só para informar que estamos na eleição da Comissão Representativa.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Já vamos anunciar os membros da Comissão Representativa.

Consultamos se algum Vereador deseja utilizar o tempo de Comunicação de Líder? Em não utilizando, solicitamos verificação de quórum para entrarmos na Ordem do Dia.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Queremos informar que se procederá à eleição da Comissão Representativa. (Lê.) “A Comissão Representativa é constituída pela Mesa e demais Vereadores para este fim eleitos, de forma a alcançar, no mínimo, a maioria absoluta da Câmara, resguardada a proporcionalidade das representações partidárias.” Caput do art.79 do Regimento. “Os demais Vereadores serão suplentes por Bancada.” Parágrafo Único do Art.79 do Regimento.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Foi construído aqui um acordo sobre a Comissão Representativa entre o Ver. Pujol e a Ver.ª Maria Celeste. Nós estamos juntando esse documento e queremos entregá-lo à Mesa, se for possível que nos dêem um tempinho para fazer a entrega deste documento.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Nós não temos este documento, vamos fazer, então, uma paralisação de 5 minutos na Sessão.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h39min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia - 14h40min): Queremos informar aos Srs. Vereadores que, em todas as Bancadas, se encontra a relação, numa possibilidade de uma nominata dos Vereadores da Representativa mais os Suplentes, bem como para as diversas Comissões.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, o Ver. Reginaldo Pujol e a Ver.ª Maria Celeste estão passando a limpo todos os nomes indicados pelas Lideranças para compor a Comissão Representativa, e em breves momentos entregaremos isso à Mesa.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Estamos ansiosamente aguardando, Vereador, porque o que nós queremos é terminar esta Sessão da Representativa, bem como a matéria referente às Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h41min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia - 14h47min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Foram apresentados 17 nomes bem como os Suplentes. Proposta dos Vereadores da Comissão Representativa: Ver. João Antonio Dib, do PPB; Ver. Elói Guimarães, do PTB; Ver. Valdir Caetano, do PL; Ver.ª Maria Celeste, do PT; Ver. Ervino Besson, do PDT; Ver. Luiz Braz, do PSDB. Esses seis são os membros da Mesa. Depois as demais Bancadas: PC do B, Ver. Raul Carrion; PSB, Ver. Carlos Alberto Garcia; PSL, Ver. Almerindo Filho; PFL, Ver. Reginaldo Pujol; PPS, Ver.ª Clênia Maranhão; PMDB, Ver. Sebastião Melo; PHS, Ver. Haroldo de Souza; PT, Ver. Adeli Sell; PT, Ver. Carlos Pestana; PDT, Ver. Isaac Ainhorn; PSDB, Ver. Paulo Brum. Suplentes: PMDB, Ver. Fernando Záchia; PDT, Ver. Dr. Goulart e Ver. Nereu D’Avila; PTB, Ver. Cassiá Carpes; PT, Ver. Aldacir Oliboni e Ver. Marcelo Danéris; PPB, Ver. João Carlos Nedel; PSDB, Ver. Antonio Hohlfeldt.

Em votação a proposta dos Vereadores para a Comissão Representativa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Comissão Representativa.

Informamos que se procederá à eleição das Comissões Permanentes. Srs. Vereadores, por gentileza, prestem a atenção: (Lê.) “As Comissões Permanentes, em número de seis, são compostas por cinco membros, exceto a Comissão de Constituição e Justiça, que será composta por sete membros, assegurando-se a representação proporcional dos Partidos.” Caput do art. 31 do Regimento. “O Presidente da Mesa não integrará Comissão Permanente ou Temporária, e o 1.º Vice-Presidente e 1.º Secretário não poderão presidir Comissão Permanente.” Parágrafo único do art. 28 do Regimento. “Os Suplentes de Vereador não poderão ser eleitos Presidente ou Vice-Presidente de Comissão Permanente.” Parágrafo 3.º do art. 31 do Regimento. Solicitamos as apresentações de chapas.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, com a devida vênia, o Regimento diz mais: diz que as Lideranças partidárias dos blocos terão de fazer as indicações dos nomes. Diz mais ainda: diz a forma com que vão sendo progressivamente preenchidas as vagas. Acho que não há como se fazer essa matemática sem que haja o entendimento de como é que vamos cumprir esta disposição do Regimento.

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A Diretoria Legislativa distribuiu a todos os 33 Vereadores um documento que coloca a proporcionalidade, onde poderão ser inseridos os Vereadores, Bancada por Bancada. Gostaríamos que V. Ex.ª lesse esse material e se inteirasse, junto com as demais Bancadas, para apresentar uma proposta.

Estão suspensos os trabalhos para apresentação das chapas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h51min.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati - 16h28min): Estão reabertos os trabalhos. Estamos reunidos para escolher as Comissões Permanentes da Câmara Municipal de Vereadores. As Comissões Permanentes, em número de seis, são compostas de cinco membros, exceto a Comissão de Constituição e Justiça, que será composta por sete membros, assegurando-se a representação proporcional dos partidos, conforme o caput do art. 31 do Regimento.

O Presidente da Mesa não integrará Comissão Permanente ou Temporária, e o 1º Vice-Presidente e o 1º Secretário não poderão presidir Comissão Permanente, conforme o parágrafo único do art. 28 do Regimento.

Os Suplentes de Vereador não poderão ser eleitos Presidente ou Vice-Presidente de Comissão Permanente, conforme o § 3º do art. 31 do Regimento.

Esta Presidência abre espaço para a apresentação das chapas. (Pausa.)

 

A SRA. MARIA CELESTE: Passo a apresentar a chapa:

Comissão de Constituição de Justiça: Presidente: Ver. Reginaldo Pujol, PFL; Ver. Marcelo Danéris, PT; Ver. Juarez Pinheiro, PT;  Ver. Sofia Cavedon, PT; Ver. Elói Guimarães, PTB; Ver. Nereu D’Avila, PDT; Ver. Luiz Braz, PSDB.

Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação: Presidente: Ver. Raul Carrion, PC do B; Ver.ª Maristela Maffei, PT; Ver. Valdir Caetano, PL; Ver. Luiz Fernando Záchia, PMDB; Ver. João Bosco Vaz, PDT.

Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL: Presidente: Ver. Aldacir Oliboni, PT; Ver. Adeli Sell, PT; João Carlos Nedel, PPB; Carlos Alberto Garcia, PSB; José Fortunati, PDT.

Comissão de Educação, Cultura e Esportes: Presidenta: Ver.ª Clênia Maranhão, PPS; Ver. Pedro Américo Leal, PPB; Ver. Haroldo de Souza, PHS; Ver. Paulo Brum, PSDB; Ver. Isaac Ainhorn, PDT.

Comissão de Saúde e Meio Ambiente: Presidente: Ver. Beto Moesch, PPB; Ver. Estilac Xavier, PT; Ver. Almerindo Filho, PSL; Ver. Dr. Goulart, PDT; Ver. Sebastião Melo, PMDB.

Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos: Presidente: Ver. Cassiá Carpes, PTB; Ver. Carlos Pestana, PT; Ver.ª Maria Celeste, PT; Ver. Ervino Besson, PDT; Ver. Antonio Hohlfeldt, PSDB.

São essas as composições apresentadas, Sr. Presidente.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Acho que por um lapso, não foram mencionados nas Comissões os Vice-Presidentes de cada uma das Comissões, apenas o Presidente. Eu sugeriria à Ver.ª Maria Celeste que lesse os que já foram eleitos, depois de eleito o Presidente, é eleito também o Vice-Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Questão de Ordem acatada, na medida em que há uma necessidade de que a eleição se dê apontando o Presidente, o Vice-Presidente e os demais membros da Comissão.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, visando a agilizar os trabalhos, eu estou sugerindo que as Comissões que já fizeram as indicações de seus Vices que pudessem apresentar já, neste momento. As Comissões que já resolveram este problema, para facilitar.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Nós teríamos que votar Comissão por Comissão. E em cada uma das Comissões eu vou indagar quem é o candidato a Vice, para que nós possamos elegê-lo também.

Com muita honra e alegria anunciamos a presença de Vereadores de Santo Expedito do Sul: André Tibolla, do PMDB; Rovílio Fortuna, do PTB, Presidente da Câmara Municipal de Santo Expedito do Sul; Nadir Slongo, do PSB; Ademar Nunes da Fonseca, do PMDB. Também registramos a presença da Ver.ª Maria Ivania Oliveira, de Palmares do Sul, eleita nova Presidenta para o exercício de 2003. Também do Ver. Idamir Lago, do PMDB de Itatiba do Sul; do Ver. Jair Zorzanello, também de Itatiba do Sul; do Ver. Edmar Luckemeyer, de Tuparendi, do PPB. Do Presidente da Câmara Municipal de Tuparendi, Ver. Milton Floriano Rickmann, do PPB; do Ver. Alfeu José Seibel, Presidente da Câmara de Vereadores de Campina das Missões, do PPB. Damos a todos os Vereadores e Vereadoras que nos visitam as nossas boas-vindas, sintam-se em casa.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Questão de Ordem.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Sr. Presidente, na forma do art. 33, eleitas as Comissões, cada uma delas se reunirá para, aí sim, escolher o seu Presidente e o seu Vice-Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Em votação a composição da Comissão de Constituição e Justiça: Ver. Reginaldo Pujol; Ver. Marcelo Danéris; Ver. Juarez Pinheiro; Ver.ª Sofia Cavedon; Ver. Elói Guimarães; Ver. Nereu D’Avila e Ver. Luiz Braz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da Comissão de Constituição e Justiça permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Em votação a composição da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação, composta pelos seguintes Vereadores: Raul Carrion, Maristela Maffei, Valdir Caetano, Fernando Záchia e João Bosco Vaz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Em votação a composição da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, composta pelos seguintes Vereadores: Aldacir Oliboni, Adeli Sell, João Carlos Nedel, Carlos Alberto Garcia e José Fortunati. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Em votação a composição da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, composta pelos seguintes Vereadores: Clênia Maranhão, Pedro Américo Leal, Haroldo de Souza, Paulo Brum e Isaac Ainhorn. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da Comissão de Educação, Cultura e Esportes permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Em votação a composição da Comissão da Comissão de Saúde e Meio Ambiente composta pelos seguintes Vereadores: Beto Moesch, Estilac Xavier, Almerindo Filho, Dr. Goulart e Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da Comissão de Saúde e Meio Ambiente permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Em votação a composição da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, composta pelos seguintes Vereadores: Cassiá Carpes, Carlos Pestana, Maria Celeste, Antonio Hohlfeldt e Ervino Besson. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam a composição da composição da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, por unanimidade.

Suspenderemos os trabalhos para que possamos receber a nominata dos candidatos a Presidente e Vice-Presidente de cada uma das Comissões.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 16h40min.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati - 16h41min): Estão reabertos os trabalhos. Recebemos a nominata dos candidatos, vou imediatamente comunicar para que as Comissões referendem o nome dos candidatos apresentados.

Comissão de Constituição e Justiça – CCJ – Presidente: Ver. Reginaldo Pujol. Vice-Presidenta: Ver.ª Sofia Cavedon.

Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação – CUTHAB – Presidente: Ver. Raul Carrion; Vice-Presidenta: Ver.ª Maristela Maffei.

Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Mercosul – CEFOR – Presidente: Ver. Aldacir Oliboni; Vice-Presidente: Ver. João Carlos Nedel.

Comissão de Educação, Cultura e Esportes – CECE – Presidenta: Ver.ª Clênia Maranhão; Vice-Presidente: Ver. Haroldo de Souza.

Comissão de Saúde e Meio Ambiente - COSMAM – Presidente: Ver. Beto Moesch; Vice-Presidente: Ver. Dr. Goulart.

Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos – CEDECONDH – Presidente: Ver. Cassiá Carpes; Vice-Presidente: Ver. Ervino Besson.

Solicito que, rapidamente, as Comissões deliberem sobre a matéria.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente, fui incumbido de comunicar que, de forma unânime, a Comissão de Constituição e Justiça elegemos o Ver. Reginaldo Pujol, como Presidente e como Vice-Presidenta a Ver.ª Sofia Cavedon.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado.

 

O SR. RAUL CARRION: Também para comunicar que, por unanimidade, a CUTHAB elegeu para Presidente o Ver. Raul Carrion e para Vice-Presidenta a atual Presidenta, Ver.ª Maristela Maffei.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado; como Presidente o Ver. Raul Carrion e como Vice-Presidenta a Ver.ª Maristela Maffei para a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação.

Para a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul. Com a palavra, o Ver. Aldacir Oliboni.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, por unanimidade, foi eleito para Presidente da CEFOR o Ver. Aldacir Oliboni e para Vice-Presidente o Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Mercosul que elegeu para Presidente o Ver. Aldacir Oliboni e para Vice-Presidente o Ver. João Carlos Nedel.

Para Comissão de Educação, Cultura e Esportes está com a palavra a Ver.ª Clênia Maranhão.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, comunicamos que na Comissão de Educação, Cultura e Esportes, por unanimidade, foi eleita para Presidenta a Ver.ª Clênia Maranhão e para Vice-Presidente o Ver. Haroldo de Souza.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado da Comissão de Educação, Cultura e Esportes que elegeu para Presidenta a Ver.ª Clênia Maranhão e para Vice-Presidente o Ver. Haroldo de Souza.

Para Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Ver. Beto Moesch está com a palavra.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, fica para Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente este Vereador e para Vice-Presidente o Ver. Dr. Goulart.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado da Comissão de Saúde e Meio Ambiente que escolheu para Presidente o Ver. Beto Moesch e para Vice-Presidente o Ver. Dr. Goulart.

Para Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, Ver. Cassiá Carpes está com a palavra.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, quero comunicar que a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos elegeu para Presidente o Ver. Cassiá Carpes e para Vice-Presidente o Ver. Ervino Besson.

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): Esta Presidência acolhe o resultado da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos que elegeu para Presidente o Ver. Cassiá Carpes e para Vice-Presidente o Ver. Ervino Besson.

Dessa forma, a Câmara Municipal de Porto Alegre cumpre com mais uma etapa dos seus trabalhos com a escolha da Mesa Diretora, da Comissão Representativa e das Comissões Permanentes.

Sabemos, nós, que foi uma tarefa complexa, árdua, mas exitosa no seu final. Acredito que, mais uma vez, a Câmara Municipal esteja dando um grande exemplo de politização de um processo que, sabemos, é extremamente desgastante, mas absolutamente necessário para o fortalecimento do Poder Legislativo Municipal.

Eu, em nome da Mesa Diretora atual, desejo agradecer a todos que contribuíram para que pudéssemos chegar ao bom termo desta Sessão. E, de imediato, desejo passar a palavra ao Presidente eleito, Ver. João Antonio Dib.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, naquela longa Sessão de sexta-feira, nove horas de Sessão continuada, interrompida reiteradas vezes para que detalhes fossem acertados, a minha ascendência libanesa, a minha ascendência fenícia, me levou, de repente, ao Parque Maurício Sirotsky, que todos nós chamamos de Parque da Harmonia. E, lá no Parque, não tinha o que fazer, eu escrevi algumas palavras no chão, que eram agressões, que eram injúrias, que eram maldades, porque aí eu ficaria tranqüilo, como é o normal em mim ser tranqüilo. Ouvi discursos, li jornais, escrevi tudo lá.

Segunda-feira, ontem, voltamos e a Sessão durou seis horas e meia! E eu achei que tinha que voltar lá para fazer algumas anotações mais. Quando eu lá cheguei, olhei, não tinha nada, eu não tinha escrito nada; o tempo levara tudo, o vento soprara tudo.

Então, na verdade, eu pensei, não aconteceu nada. Todos nós estávamos somando esforços, todos nós queríamos solução, a qual, às vezes, é difícil, é demorada, é contundente, mas todos nós, eu tenho certeza de que queríamos solução.

É por isso, Ver. José Fortunati, Presidente, que eu chego, neste momento, nesta tribuna, eleito Presidente para a próxima Sessão Legislativa, com a humildade de sempre, com a responsabilidade que eu nunca deixei que faltasse nos meus atos de homem público; com o espírito completamente desarmado e com muita inspiração.

A vida pública me deu momentos extraordinários: eu pude privar com homens como José Loureiro da Silva, que eu sei que foi o maior Prefeito que esta Cidade teve; privei com Telmo Thompson Flores, com Guilherme Socias Villela, extraordinários Prefeitos desta Cidade, e neles eu me inspirei. Mas aqui na Casa do Povo de Porto Alegre, a inspiração é outra, é daquele que foi o grande Vereador desta Casa, o grande Presidente. Nove vezes ele foi Presidente, somando 10 anos de Presidência. O seu nome foi realmente extraordinário, o seu trabalho foi gratificante, dignificante, tanto que o seu nome é hoje o nome do Palácio Legislativo. É nele que eu me quero inspirar. E nessa inspiração é que eu quero fazer, como ele, com a mesma humildade, com a mesma sinceridade: quero dizer que nada pode ser feito pelo Presidente, se os outros 32 Vereadores que compõem esta Casa não o acompanharem. Com essa mesma humildade eu quero pedir o apoio de todos, porque todos nós vamos trabalhar para que este Legislativo realmente cresça e tome o seu lugar dentro do conceito do município de Porto Alegre.

Nós fizemos um acordo administrativo, puramente administrativo, visando dar o melhor de todos nós para o Legislativo a que nós pertencemos e onde fazemos a síntese de todos os cidadãos porto-alegrenses. Não pretendemos nada complicado a não ser trabalhar para manter, permanentemente, a independência, a autonomia do Poder Legislativo frente ao Poder Executivo. Está escrito na Lei Orgânica, não estamos fazendo nada de mais, mas vamos impor esse respeito ao Legislativo, toda vez que nós entendermos que ele tenha sido arranhado.

Nós queremos uma participação atuante e permanente da Presidência nos trabalhos, principalmente do Plenário. Nós queremos mudar o Regimento, não porque o Regimento não seja bom; é que ele já está superado, e nós precisamos mudá-lo. As coisas foram evoluindo, aconteceram, e nós apenas fomos fazendo Emendas ao Regimento da Casa. Tenho certeza de que neste ano nós temos vinte ou trinta Emendas que tramitaram, andaram, voltaram e não foram votadas, nem aprovadas, nem rejeitadas. Nós precisamos de um Regimento interno forte, dinâmico, que agilize os trabalho e que não nos dê, todos os dias, preocupações, como também aconteceu nessa eleição. Por falta de um Regimento interno à altura nós entramos no terceiro dia fazendo uma votação aqui.

Nós queremos reforçar a capacidade deliberativa da Mesa Diretora, chamando as Lideranças com muito mais freqüência, para que nós possamos mostrar que estamos unidos, que, juntos, vamos resolver os problemas que esta Casa tem. Não vai ser o Presidente que sozinho vai resolver; não vai ser a Mesa Diretora que sozinha vai resolver. O colégio de Líderes, está ali - colocado pelo Ver. Pedro Américo Leal, quando da reformulação do Regimento - para decidir junto com a Mesa, aliviando os poderes, aliviando os problemas que a Mesa possa ter e as responsabilidades também.

Uma gestão administrativa centrada no bom andamento do trabalho legislativo, na sua competência, no seu desempenho, valorizando o funcionalismo da Câmara Municipal, que é extraordinário, sim. Os funcionários não reclamam horário, eles não reclamam nada, eles sabem que têm de trabalhar, trabalham e estão aí, todos eles; quando necessário, estão presentes. Mas temos que valorizar esse funcionalismo.

Nós queremos apoiar e defender o papel fundamental exercido pelos Vereadores e pelas Vereadoras em igualdade de condições, em seus mandatos, dentro da democracia representativa, no Estado Democrático de Direito, assim como zelar pelo respeito à Lei Orgânica, que nós todos juramos cumprir; à Lei de Responsabilidade Fiscal, que nos comanda; e ao Regimento interno, que nós vamos fazer um novo. Pelo trabalho de uma comissão mista, pluripartidária, é que nós vamos fazer um novo Regimento, fato que já estava aprovado este ano: que a Diretoria Legislativa e mais dois ou três Vereadores trariam ao exame da Casa do Povo de Porto Alegre um novo Regimento, capaz de agilizar os nossos serviços, capaz de poupar tempo e capaz de nos dar prestígio, porque vão olhar a Casa do Povo de Porto Alegre como uma Casa que trabalha, produz, realiza, porque tem, realmente, um bom Regimento, e isso é indispensável.

Nós temos também o Conselho de Cidadãos Honorários, que faz um trabalho importante - e o Ver. Luiz Braz foi um dos que mais lutou para que se organizasse o Conselho. Nós queremos dar ao Conselho um pouco mais de competência, nós queremos ouvi-lo mais, nós queremos que os Conselheiros produzam mais. Já que há disposição da parte deles, é um crime não ser aproveitada essa disposição, de gente que é muito competente.

O que nós pretendemos – volto a repisar – é harmonia, é paz, é trabalho, é um somatório permanente de esforços para que o Legislativo, que é a nossa Casa, onde temos a responsabilidade e a honra de representar o povo porto-alegrense, seja cada vez mais prestigiado e cada vez mais elevado. Eu lembro de Aloísio Filho, que me dizia: “Dib, quando um Vereador se projeta, quando um Vereador é reconhecido pelo seu trabalho, não é só ele que se projeta; a Casa do Povo também se projeta.”

Portanto, eu quero ver mais 32 Vereadores sendo prestigiados pela população, respeitados pela população, respeitados pelo Executivo, e estaremos elevando o nosso Legislativo, o que é a nossa responsabilidade. Tenho certeza de que, somando esforços, todos nós conseguiremos isso. Saúde e paz! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PT.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. José Fortunati; Srs. Vereadores; Sr.as Vereadoras; público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara; senhores e senhoras da imprensa, é importante este momento que estamos vivendo, hoje, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Depois de duas Sessões tensas, talvez alguns pensassem que este espaço poderia ser usado para contrapor argumentos aqui colocados, que, eu diria, muitas vezes foram colocados de maneira dura e injusta com o que nós propusemos para a Câmara de Vereadores. Quero falar do acordo construído por sete partidos desta Câmara. Desde o início, dizíamos que esse acordo resgatava uma dívida histórica da Câmara de Porto Alegre para com o Ver. João Antonio Dib: 32 anos de mandato, ex-Prefeito de Porto Alegre, e que nunca havia sido, até este momento, Presidente da Câmara Municipal. O acordo resgatava essa dívida histórica que a Câmara tinha para com a própria história de Porto Alegre; resgatava, mais do que isso, a representação, na Presidência da Câmara, de uma bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, legítima e democraticamente eleita na eleição de 2000 como a maior bancada da Câmara; resgatava a participação do Partido Trabalhista Brasileiro, que, nos dois primeiros anos desta Legislatura, não esteve presente junto a direção da Câmara Municipal de Porto Alegre; trazia consigo partidos comprometidos com esta nova direção administrativa capaz de fazer um trabalho para a população de Porto Alegre à altura da sua história: o Partido Comunista do Brasil, o Partido Socialista Brasileiro, o Partido Liberal e o Partido Social Liberal. Desde o início dissemos, Ver. Pedro Américo Leal, que esse acordo não era um acordo que buscava a exclusão, o alijamento, que buscava compor, única e exclusivamente, com esses partidos, a direção e o futuro da Câmara de Porto Alegre. Não. Desde o início nós garantimos a proporcionalidade, desde o início nós garantimos a presença de todos os partidos na direção da Câmara, desde o início nós garantimos a presença de todos os partidos nas Comissões, desde o início nós estivemos abertos ao diálogo, à negociação e ao bom termo das eleições da Mesa e das Comissões aqui na Câmara, para que tivéssemos governabilidade, para que tivéssemos capacidade de diálogo, para que tivéssemos os trabalhos da Câmara Municipal cada vez mais valorizados como um símbolo importante para a história de Porto Alegre. Desde o início nós nos colocamos, para com os outros dois blocos que aqui também participaram, legítima e democraticamente, de uma disputa eleitoral, a vontade que tínhamos de construir uma alternativa capaz de unificar a Câmara em torno de um novo tempo para o Legislativo Municipal, em torno do nome do nosso Vereador, agora Presidente eleito, João Antonio Dib. Desde o início tivemos, na pessoa do Ver. Reginaldo Pujol, um Vereador que se mostrou reto e sério em todas as tratativas que teve com os blocos partidários. Ver. Reginaldo Pujol, peço que me ouça. Ver. Reginaldo Pujol, quero dizer, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, o respeito que temos pela sua trajetória, o respeito que temos pelo trabalho que V. Ex.ª desenvolve aqui e o respeito que temos pela conduta que desempenhou nesses dois momentos muito tensos que tivemos nas últimas duas Sessões para eleger a Mesa. Desde o primeiro instante V. Ex.ª foi transparente e leal para com todos os Vereadores. Nós o consideramos, assim como nos consideramos, todos nós, junto com a população de Porto Alegre, vitoriosos no processo, porque conseguimos fazer valer o diálogo, a democracia, a proporcionalidade, o Regimento e a vontade da maioria, mas com participação de todos, sem exclusão e sem alijamentos.

Este acordo e esta eleição hoje finda, honra a história democrática da cidade de Porto Alegre, a Capital de todos os gaúchos. Parabéns aos Vereadores, às Vereadoras, à população de Porto Alegre e ao Ver. João Antonio Dib que contará com todo o nosso apoio para fazer uma grande gestão que marcará a história da Câmara Municipal de Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PPS.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, quero, em nome da nossa Bancada, a do PPS, iniciar este pronunciamento, desejando ao Ver. João Antonio Dib sucesso absoluto em sua gestão, o que significa o sucesso do Parlamento e o crescimento de nossa Cidade.

Eu me sinto na responsabilidade de, após três dias de debates, de tentativas de negociação, justificar ao povo de Porto Alegre, por que foi demorado este processo. Quero fazer uma reflexão política na qual insiro as nossas dificuldades. Penso que a tarde de hoje, que culminou com o entendimento, fez com que este Parlamento entrasse em sintonia com o clima político em que vive este País. Talvez, se todos nós, parlamentares desta Casa, tivéssemos tido mais tempo de avaliar politicamente um momento brasileiro, concluiríamos que o Brasil entrou no novo ciclo da sua política. Um ciclo onde a marca do entendimento sobrepujou a divergência, teríamos concluído que a população, os eleitores, recolocaram em pauta uma situação política de muita fé e esperança na mudança e no novo, quer seja no panorama nacional, ou do panorama do nosso Estado. Porém, as circunstâncias de entendimento, foi talvez a questão mais marcante na expressão da vontade popular, refletida inclusive na composição do Governo Federal que hoje se forma. O povo mostrou que os interesses coletivos estavam acima dos interesses dos partidos, e eu acho que nós tivemos, enquanto, Vereadores de Porto Alegre, muita dificuldade para compreender este processo político apontado pelo povo do Rio Grande e apontado pelo povo do País. Uma vontade que indicava um cansaço com a polarização, que apontava a necessidade da construção de uma coisa que poderia não estar talvez suficientemente clara nos seus caminhos, mas que demonstrava uma vontade de construção coletiva. Se resistimos a este processo que vivemos nestes três dias, evidentemente não foi uma resistência pessoal ou política ao Ver. João Antonio Dib. Eu, particularmente, tomei conhecimento da indicação do Presidente desta Casa, através do jornal Correio do Povo, e tomei também conhecimento nesse dia, que não estavam nesse processo de discussão, nem o PPS, o PMDB, o PDT, o PHS ou o PSDB. Evidentemente precisamos entender isso, construir isso, e procurar fazer com que esta representação fosse a mais ampla possível nesta Casa. Houve coisas com as quais não concordo, como por exemplo, que a eleição de um Presidente de uma Câmara é como um jogo de cadeiras, que uns sentam e uns sobram. Vi Vereadores dizendo, que importante o é que se ganhasse, nem que fosse por WO e vi ainda uma discussão que acho atrasadíssima do ponto de vista democrático que é a tentativa de se sobrepor à vontade da maioria com a vontade daqueles que não expressam a maioria. Esses erros cometidos nesse processo, não estão aqui sendo repetidos como uma forma de revanche ou como uma forma de fazer com que permaneçamos nele. Pelo contrário, acho que eles têm que ser compreendidos como dificuldades políticas que nós, ainda como Parlamento, vivemos neste momento. Mas que, seguramente, esses erros que retardaram o processo de decisão política, têm que nos sinalizar a necessidade de ultrapassá-los, para que as eleições futuras desta Casa sejam feitas com mais facilidade, com mais representatividade e com menos grau de tensão entre o conjunto dos Vereadores desta Casa. Vou concluir, Sr. Presidente, só queria dizer que estou, apesar de retomando essas dificuldades, com a crença e esperança de que esta gestão será coletiva e que representará os interesses de todos na pessoa do Presidente João Antonio Dib.

E, por último, não poderia terminar este pronunciamento sem resgatar a iniciativa que teve a Bancada do PT, através do seu Líder Ver. Marcelo Danéris, que, quando apontei essas críticas políticas, que quero que todos as compreendam como uma crítica política ao Vereador, ele, inclusive, fez conosco um debate muito participativo, e procurei intermediar a construção de uma solução que incluísse o conjunto dos blocos. Quero dizer que fui convidada para compor o bloco pelo Líder da Bancada do PT, Ver. Marcelo Danéris, se assim não o fiz, não foi por nenhuma resistência política ou ideológica ao PT, que me convidou. Foi, fundamentalmente, por um questionamento do processo que acho que agora foi solucionado. Quero agradecer ao Ver. Marcelo Danéris e aos Vereadores, pois trabalhamos juntos na construção do consenso nesses três dias. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (José Fortunati): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PTB.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, queremos desejar os parabéns ao Presidente João Dib, ao Vice- Presidente, nosso companheiro, Elói Guimarães; ao 2.º Vice-Presidente Valdir Caetano, à 1.ª Secretária Maria Celeste; ao 2.º Secretário Ervino Besson; ao 3.º Secretário Luiz Braz às Comissões Permanentes presididas na CCJ pelo Ver. Reginaldo Pujol; CUTHAB, Ver. Raul Carrion; CEFOR, Aldacir Oliboni: a CECE, Clênia Maranhão; a Saúde Meio-Ambiente, Beto Moesch; a CEDECONDH, este Vereador agradece pela compreensão e o apoio de todos.

Desde o momento em que nós participamos desse acordo administrativo, diga-se de passagem, até porque foi a única vez que o PTB, Ver. João Dib, desde que conquistou nesta Cidade mais de 130 mil votos, foi procurado para fazer parte desta questão administrativa. Ali chamamos o Partido, o Presidente do Diretório Metropolitano e era o único acordo que previa a presença do Partido Trabalhista Brasileiro, o reconhecimento com o Partido Trabalhista Brasileiro. Portanto, era justo que um Partido que teve uma eleição de seis Vereadores eleitos, que hoje está com dois e no ano que vem vai estar com três Vereadores, não fosse alijado das negociações político-administrativas desta Casa.

O PTB sempre questionou esta posição aqui nesta Casa. Sempre queria o seu lugar onde fez jus na eleição de 2000. A mudança que nós sempre pregávamos aqui e continuamos pregando e agora na esperança do Ver. João Antonio Dib é a mudança do Regimento interno, que é, no meu entender, arcaico e que deve ter a compreensão dos 33 Vereadores para que nós possamos ter um Regimento interno simples, objetivo, dando condições de trabalho mais premente a esta Casa.

Srs. Vereadores, nesse episódio não há vencedores nem vencidos. Há sim, no meu entender, um amadurecimento deste Parlamento.

Peço que este episódio, desta eleição que em alguns momentos, desde sexta-feira foi conturbado, que aqui dessa tribuna se usou adjetivos como negociatas, troca de cargos, sirva de exemplo para que nós possamos respeitar a população de Porto Alegre e sejamos todos respeitados mutuamente.

O respeito aos partidos políticos, nesta Casa, o respeito aos Vereadores desta Casa e, principalmente, o respeito à população de Porto Alegre, é essencial para a administração da Casa.

Recentemente tivemos um episódio, aqui, na Grande Porto Alegre, em São Leopoldo, onde Vereadores foram cassados, denegriram a imagem da cidade, do Parlamento.

Portanto, aqueles Vereadores que, às vezes usam a tribuna, tenham cautela porque, às vezes, a televisão, o rádio estimulam para que muitos Vereadores venham a esta tribuna, às vezes com um objetivo, é claro, de não denegrir a imagem deste Parlamento, mas acabam prejudicando os 33 Vereadores e, conseqüentemente esta Casa.

Parabéns a todos; ganhou este Parlamento. Não teve, portanto, nem vencedores, nem vencidos. Um abraço a todos e que possamos continuar com ordem, com organização, com respeito a todos os Vereadores. Obrigado, Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PDT.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, inicialmente a nossa saudação ao Ver. João Antonio Dib, aos demais integrantes da Mesa Diretora e aos Presidentes das Comissões Permanentes que, no dia de hoje, depois de três Sessões de grande intensidade, conseguiram, com a sensibilidade e, com certeza, a grandeza do conjunto dos Vereadores desta Casa, se conseguiu, efetivamente, chegar a um porto de harmonização, de interesses que, naturalmente, no jogo da vida política se conflituam e, em alguns momentos, geram algumas circunstâncias de impasse bem maior, como foi o momento vivido nesses dias em que conseguimos, apesar de alguns momentos acalorados e de debate apaixonado, chegar a este momento de construção de um entendimento aqui dentro desta Casa.

A primeira lição que nos fica é que o entendimento dentro de um Poder, mesmo que se abra mão de parte daquilo que entendemos como nossos direitos, o entendimento e o diálogo tem um valor maior, porque a intransigência e a intolerância não constroem nem em órgãos, nem em poderes e nem dentro da estrutura do Estado Democrático; a história está aí para nos demonstrar isso. Mil vezes esse entendimento do que a busca de soluções que recorreríamos a outras instâncias para dirimir os conflitos aqui dentro. Muitas vezes não é o entendimento de todos os homens que compõem esta Casa. Nós soubemos construir, acredito, e aqui, neste momento, de todos os lados, sobretudo do lado daqueles que compunham o bloco da minoria. E reconhecemos que a democracia também se forja e se constrói com a deliberação das maiorias. Mas também é preciso dizer que a democracia se constrói com respeito às minorais.

O Vereador que me antecedeu, Ver. Cassiá Carpes, com propriedade, referiu-se a normas arcaicas e disse que é mister se construir e se reformular o atual Regimento que já teve no curso dos seus 12 anos de existência cerca de dez alterações. O incrível, Ver. Cassiá, é que essas alterações não foram para melhor, embora elas tivessem bons propósitos, construíram verdadeiras ratoeiras de dificuldade de interpretação. Aí eu fico com uma posição às vezes apresentada de forma acaciana pelo Ver. João Antonio Dib, de que as leis devem ser claras, precisas e concisas. Fizeram tanto detalhismo, e tanto tecnocratismo por quem não tinha habilitação para construir uma norma jurídica, que criaram essa camisa-de-força, esse mostrengo de dificuldades que é o atual Regimento em inúmeros pontos. Tão mostrengo que ficamos aí, em inúmeros momentos fazendo cálculos aritméticos para descobrir a tal da proporcionalidade! Mas, deixa o ensinamento de que a norma jurídica, que é projetada para o futuro, deve ser construída em cima da experiência, em cima da clareza, não das interpretações dúbias.

E se impõe, Ver. João Antonio Dib, V. Ex.ª que no próximo ano regerá o destino desta Casa, se impõe que V. Ex.ª, juntamente com as Lideranças dos Partidos, e os Vereadores, construam uma Comissão equilibrada e sóbria, de reformulação total do Regimento, para que quando V. Ex.ª esteja presidindo a Sessão, ou quando um Vereador submeta uma Questão de Ordem a V. Ex.ª, mesmo V. Ex.ª com a experiência que tem do Legislativo, possa com clareza e simplicidade dirimir os conflitos do cotidiano. E mesmo V. Ex.ª, com o Regimento complicado, com doze alterações em treze anos, muitas vezes terá que fazer grandes exercícios de exegese jurídica, recorrendo muitas vezes à Diretoria Legislativa desta Casa e à Procuradoria para lhe auxiliar, quando se tem uma lei obscura e imprecisa. E a Comissão de Justiça se impõe, portanto, esse trabalho de reengenharia da clareza e da transparência em relação ao novo Regimento. A lei é importante, quando ela constrói isso.

Quero saudar, além de V. Ex.ª e dos integrantes da sua Mesa Diretora; quero saudar, especialmente, ao Vereador que nos liderou nesse processo e que representou uma outra corrente, mas que teve a grandeza e a sensibilidade de construir o entendimento: o Ver. Reginaldo Pujol, que era o nosso candidato à presidência, e com grandeza e com sensibilidade soube se comportar e conduzir nesse processo e, igualmente, às lideranças desta Casa. Encerro, Presidente Aldacir Oliboni, saudando, sobretudo, à sensibilidade do Ver. Sebastião Melo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PPB.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Ex.mo Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu não acho que as coisas tenham sido naturais. Não acho! Acho que esses três dias, em que nos debatemos, em que mourejamos neste Plenário são inexplicáveis. Não encontrei ainda significação para o desenrolar desses dias. Por que teríamos nós que permanecer tanto tempo para decidir o destino da Casa, quando o homem que queríamos eleger Presidente da Câmara Municipal era João Antonio Dib? Não encontro explicação! Porque o impasse? Não sei!

Na Assembléia, disputei todos os cargos. Aqui tem um homem que me segue, que é o meu assistente de Plenário, o Dr. Lauro Bali. Ele sabe disso, foram dezesseis anos de disputa. Aqui não disputei nada, porque não quis e não porque tenha achado que a Casa não seja digna. Por uma coisa eu me bati: eu queria fazer João Antonio Dib Presidente da Casa, porque achei que não se completava. Como que esta Casa, que tem este homem como Prefeito de Porto Alegre, se foi nomeado ou não, não interessa, era o Prefeito de Porto Alegre, era a ordem vigente! Ele não conseguia ser cogitado para Presidente da Casa. Eu não sentava ao lado dele, ainda, sentava-me lá pelas bandas do PT. Era um solitário, perdido na bancada oposicionista. Eu observava por que é que ele nunca foi cogitado para Presidente da Casa? E não encontrava explicação. Mas se eu não disputei cargos, eu interferi em quase tudo aqui dentro desta Casa, até neste Plenário, estes símbolos que estão aqui. Interferi, porque acho que uma Casa tem de ter expressão, tem de ter áudica. Mas não queria disputar cargos, como não quero. Para que se tornasse possível este acerto, pois isso não é acordo, é acerto, um acerto que houve entre as duas bandas - eu assim as chamo - e repito: duas bandas, houve um acerto, eu abri mão de tudo o que podia e ainda estou para abrir mais mão de coisas que me cabem. E você João Dib - não é V. Ex.ª, é você -, você sabe disto: vou abrir mão. Estou na Liderança do Partido agora, mas vos digo, por que não teria a Câmara se sensibilizado com a disponibilidade de João Dib para nos servir, para conduzir os trabalhos? Ele queria; eu indaguei dele, ele queria. E houve três investidas, todas elas com o PT como aliado. Eu queria números, eu queria aritmética, como tudo o que se faz aqui; aqui tudo que se faz é aritmética, são interesses particulares, de botar fulano de cá, botar sicrano de lá, nomear fulano de cá, é tudo assim. Eu não tenho nada e não quero nada! Tenho a minha cabeça e o meu valor; é o que basta! Mas você agora é o Presidente da Casa, graças a Deus. Demorou, João Dib; três investidas, você se lembra de todas elas, com Fontana, com o Motta e agora com Marcelo Danéris. Unimo-nos para fazê-lo Presidente desta Casa. Era o que estava faltando a Porto Alegre. Por que é que João Dib não era o Presidente da Câmara Municipal; ele que foi Prefeito? Se todos eram, por que é que ele não podia ser? Como vocês explicam que João Dib não é o Presidente da Câmara? Então, ele agora será. E me vi livre de você, João Dib, porque você vai embora desta Bancada, e eu nunca mais te enxergo. Você me alivia. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PMDB.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni, colegas Vereadores e colegas Vereadoras, primeiro, a nossa saudação ao Ver. João Antonio Dib, extensiva ao conjunto da Mesa Diretora, que acabou de ser eleita, e a nossa certeza de que se pode construir uma boa gestão, mas essa gestão, para ser boa, tem de ser construída participativamente, respeitando aquilo que na nossa avaliação não foi respeitado na eleição, que é a verdadeira proporcionalidade nesta Casa. Quero saudar a V. Ex.ª, Ver. João Dib, e aos demais membros da Mesa. E quero fazer uma saudação muito especial ao Ver. Reginaldo Pujol, bravo, guerreiro, que não fez uma disputa pessoal, aqui não houve disputa pessoal, houve disputa de projetos, e, portanto, a nossa saudação muito afetiva a V. Ex.ª, pela postura.

Ver. João Dib, gostaria de colocar algumas questões para a reflexão coletiva. V. Ex.ª tem-se colocado para a população de Porto Alegre como um Vereador de oposição, e isto tenho ouvido desta tribuna em muitas ocasiões. V. Ex.ª, a partir do ano que vem, não será mais oposição, V. Ex.ª estará na condição de magistrado desta Casa, e queremos vê-lo como magistrado desta Casa, mas queremos vê-lo como magistrado, Ver. João Antonio Dib, onde as leis feitas sejam cumpridas. Tenho mais de cinco representações na Mesa da Casa para o cumprimento de leis que são votadas aqui, e as coisas não vão, e este Poder perde poder quando isso não acontece. Os Pedidos de Informações desta Casa não são respondidos, e fica por isso mesmo, e isso não está correto, Presidente Dib. Mais do que isso, porque alguns Vereadores aqui têm duas, três cedências nos seus gabinetes e outros Vereadores não têm nenhuma? Por que fazem oposição ao Governo? Porque são “amigos do rei”? Que tratamento é esse, Ver. Elói? Ou vamos fazer uma consulta aqui para ver quantos Vereadores têm cedência, e alguns não têm, Ver. Haroldo. Sabe por que não têm? Porque não são “amigos do rei”. Isso não está correto; isso tem de mudar. Ver. Reginaldo Pujol. Este Parlamento vive de migalhas, dependendo de suplementação do Executivo sem autonomia financeira. Com os 5% que tem para gastar aqui, não se chega lá e tem de pedir recursos de cumbuca na mão ao Executivo. Não se faz democracia sem autonomia entre os Poderes, Ver. Elói. Essa relação precisa mudar.

Quero ver V. Ex.ª, que sempre se colocou como oposição, ser um magistrado, fazendo cumprir essas questões. Eu não posso admitir que concurso público para preencher vagas nesta Casa seja feito pelo Executivo Municipal. Seria a mesma coisa que o Tribunal de Justiça pedir ao Executivo Estadual para fazer concurso para preencher suas vagas. Isso é imiscuir-se um Poder em outro e com isso nós não concordamos.

Por isso, em nome do PMDB, nós queremos dizer que não achamos que foi tudo uma maravilha, não. Eu continuo com as mesmas posições que me trouxeram a esta tribuna. Eu respeito a maioria. Quero dizer que se dependesse do meu voto – e fui voto vencido – eu iria buscar na Justiça essa questão, mas vou dizer desta tribuna que não vou fazer, porque fui voto vencido dentro do meu grupo e sou disciplinado, e portanto não vou fazê-lo, acho que tinha argumentos jurídicos muito fortes para isso, mas não vou fazer. Reconhecemos a maioria desta Casa, vamos liderar a Bancada do PMDB aqui neste Plenário, na medida em que o companheiro Ver. Fernando Záchia está indo, merecidamente, ao Parlamento Estadual. Vamos ser parceiros, Ver. João Dib, porque o melhor parceiro não é o bajulador, não é aquele que diz amém, é aquele que olha no olho e discorda frente a frente; esse para mim é o companheiro mais leal, e é o companheiro das horas da dificuldade, e V. Ex.ª poderá contar nas horas da dificuldade com a Bancada do PMDB a favor desta Casa e a favor da população. Acho que nós precisamos construir uma consulta popular do Poder Legislativo para poder contrapor ao Orçamento Participativo. Esta Casa tem a obrigação de construir, e isso está maduro, uma consulta popular, porque o Orçamento Participativo só mostra um lado e a consulta popular pode mostrar o outro lado da história.

Portanto, sucesso Ver. João Antonio Dib, sucesso aos companheiros que assumem, sucesso aos Presidentes das Comissões e nós vamos produzir, se Deus quiser, um bom debate. Nós ganhamos nesses três dias, nós nos afirmamos, construímos as nossas diferenças e o Parlamento é isso mesmo. Na diferença é que iremos construir a cidadania. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PHS.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. Ninguém nas galerias, um, dois, três, quatro, cinco na galerias, então as pessoas que nos assistem em casa, que têm o privilégio de ter dinheiro e ter TV por assinatura, é uma pena que o “zé-povinho” não tenha para que pudéssemos mostrar, realmente, as coisas como elas realmente são.

Sempre disse a vocês que ao longo dos 38 anos faço comunicação em rádio, sou um homem emotivo e a minha emotividade aflora nos momentos que eu julgo importantes na minha vida e me emociona.

Três dias que vivi aqui nesta Casa, com certeza, envelheci uns dez, porque jamais a sociedade irá saber como se comportam os bastidores de uma política, infelizmente. Mas não é simplesmente em Porto Alegre, não é o Parlamento Municipal, é a política brasileira.

Alguém veio aqui falou dizendo: “Precisamos resgatar...” – foi o Ver. Marcelo Danéris – “a dívida histórica desta Casa com o Ver. João Antonio Dib.” Pois eu digo, meu querido Ver. João Antonio Dib, que eu sou uma das pessoas que mais o admira e V. Ex.ª sabe disso, pois quando nesta Casa cheguei, eu disse, olhando nos seus olhos, que iria ter em V. Ex.ª o espelho das minhas condutas nesta Casa. V. Ex.ª é testemunha disso, no dia em que eu estreei aqui. Logo, ninguém precisa bater na mesa para dizer para mim que o Ver. João Antonio Dib pode ser, sim, o Presidente, como vai ser Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre. Agora uma coisa que fica aqui meio “coruminhando” na minha cabeça: o PT não fez esse acordo para homenagear o Ver. João Antonio Dib. Para todos pode ter sido; para mim, não! A mim ninguém passa esse “cachorro”, que é um linguajar, sim, de malandragem, por quê? O PT, na homenagem que foi feita ao Ver. João Antonio Dib, estava garantindo a Presidência da Casa para o ano de 2004, quando ele vai ter que prestar contas com a sociedade, porque já prestou contas do Governo Estadual e perdeu e vai ter que prestar contas do Governo Municipal.

Então é uma homenagem de “anssim” de “anssim”, com benefícios.

Quando os outros oradores estavam aqui, ou todos os oradores que aqui vêm, eu fico sentado no meu lugar e fico quieto. Eu não faço piadinha! Eu acho isso uma baixaria, eu acho isso uma coisa tão pequena! Eu não estou acostumado a viver com esse tipo de coisa, mas, de qualquer maneira, vamos lá.

O Presidente João Antonio Dib poderia ser Presidente desta Casa no próximo ano, sim, se houvesse uma oposição de verdade nesta Casa, porque com 02 votos do PMDB, 01 voto do PHS, 01 do PL, 01 do PSL, 06 do PDT, 01 do PFL, 04 do seu Partido, Ver. João Antonio Dib, 02 do PSDB e 02 do PTB, faríamos 20, e estaríamos garantindo e mantendo a oposição nesta Casa. Que oposição é esta que encontrei aqui com 20 e hoje está reduzida a apenas 14? Para mim foi, sim, uma vitória isolada do PT.

E eu não bato diretamente, simplesmente, por bater, não; o que eu não quero é que as pessoas subam aqui e digam que o PT é isso, que o PSB é aquilo, que o Vereador “A”, por quem têm muito respeito e muita amizade, mas o Vereador “B”, no Plenário, ofende, xinga... Por que não usamos o Plenário para sermos mais light, para praticarmos um pouquinho mais a solidariedade e o respeito às pessoas? Aqui não tem isso! O Vereador sobe aqui e xinga - com o perdão da palavra - a mãe do outro, indiretamente. E fica por isso mesmo. Daí a um pouco estão tomando cafezinho. Esperem aí! Vamos ter um pouquinho mais de compostura para assim dizer: nós temos orgulho de participar da Câmara Municipal de Porto Alegre!

Eu colaborei como todos, todos são testemunhas aí; eu não pedi um cargo, eu não pedi Secretaria, não sou de pedir absolutamente nada! Se eu tiver que ser alguma coisa na política, eu o serei como Vereador, e, possivelmente, no futuro, se Deus guardar alguma coisa melhor para mim, com certeza... Mas eu quero ser simplesmente aquilo que o povo me elege.

Eu tenho humildade de entender que sou um amador na política, que quero aprender! Mas, com raríssimas exceções nesta Casa, estou muito mal de professor! Muito mal! É uma pena que, pelo poder e pelos cargos, tenhamos que reviver tudo aquilo que em um Parlamento não pode acontecer. A sorte, gente, é que não temos uma televisão direta.

A um homem eu quero me dirigir agora, ao meu velho Reginaldo Pujol. Quero-lhe cumprimentar pelo seu brilho, pelo seu caráter e pela sua disposição de trabalhar pelas coisas, por tentar manter, de qualquer maneira, a união da oposição, que, nesta Casa, não existe. Quero cumprimentar V. Ex.ª, Ver. Reginaldo Pujol, que eu conheci há tanto tempo, como homem até das noites, das madrugadas de Porto Alegre. Eu não o conhecia como homem político de brilhatura, de transparência, como é o Sr. Reginaldo Pujol. Os meus cumprimentos!

Eu sou escolado na vida, Ver. João Antonio Dib. Todo o sucesso do mundo, para você, do fundo do meu coração! E a traição que eu senti do senhor, a profunda decepção que causou no meu coração - de um homem de 58 anos - orgulhoso de saber ser amigo dos amigos e de respeitar os inimigos, com certeza, o tempo vai se encarregar de apagar as cinzas desta minha tristeza e eu vou manter o carinho e a amizade que eu sinto pelo senhor! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PC do B.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, todos os que nos assistem aqui e nas suas casas. Em primeiro lugar, a nossa saudação, os cumprimentos ao futuro Presidente, já eleito nesta Casa, Ver. João Antonio Dib; ao Ver. Elói Guimarães, Vice-Presidente, duas figuras com uma longa trajetória nesta Casa, que, certamente, realizarão um grande trabalho; ao Ver. Reginaldo Pujol, que assume a Presidência da CCJ, sem dúvida, um espaço importante político desta Casa também.

Apesar de algumas agressões infundadas, alguns juízos mais ditados pela inconformidade do que pela sabedoria, entendo que, depois de três Sessões, chegamos a um resultado positivo, a um resultado favorável para o desenvolvimento dos trabalhos desta Casa. Impôs-se a negociação, impôs-se o entendimento.

Neste sentido, queria, também, de público, fazer uma homenagem especial ao Ver. Pedro Américo Leal, que, com o seu desinteresse por qualquer espaço político, abriu mão de um espaço político importante que lhe era devido e viabilizou, no momento final, o acordo do qual todos nós nos orgulhamos.

Queria também parabenizar o Ver. Marcelo Danéris e o conjunto das Bancadas: do Partido dos Trabalhadores; do PPB, do Partido Progressista Brasileiro; do Partido Trabalhista Brasileiro, do Partido Socialista Brasileiro, do PL, do PSL, que, junto com o PC do B, tiveram a capacidade de compor um acordo vitorioso, superando todos os obstáculos. E, quando a vitória estava conquistada, souberam propor aos outros blocos que disputavam um acordo honroso que permitiu, ao final, esta conquista de toda a Casa. O resultado, prestem atenção, é uma Mesa plural, com a participação de seis Partidos: o PT, PDT, PPB, PSDB, o PTB, representando na Mesa 25 Vereadores e respeitando a proporcionalidade. Se contarmos ainda as Presidências e Vice-Presidência desta Casa, estão representados mais quatro Partidos: PC do B, PFL, PPS, PHS. Portanto, um acordo global onde estão representados dez Partidos que conformam esta Casa, o que é algo, evidentemente, difícil de fazer, mas nós tivemos a capacidade de construir. Este acordo é um acordo administrativo, sem exclusões, aliás, acordo construído pelos excluídos, como se desenhava a construção das eleições desta Casa, resgatando nomes, como já foi dito aqui, da expressão do Ver. João Antonio Dib, da expressão do Ver. Elói Guimarães e de todos os demais que conformam os cargos conquistados; um acordo que resgatou o direito de a maior Bancada desta Casa também dirigir este Parlamento: o Partido dos Trabalhadores, a Frente Popular, respeitando a minoria, neste episódio. Aliás, diferentemente, do que acontece na Assembléia Legislativa, onde a maioria pretende excluir a minoria da Presidência da Assembléia Legislativa, apesar de todo acordo de união com que concorreu ao Governo do Estado. É preciso dizer que este acordo administrativo tem alguns eixos fundamentais, tais como a reforma do Regimento, para permitir uma Casa mais ágil; a valorização e o respeito a cada Vereador desta Casa; a valorização dos funcionários desta Casa; a abertura desta Casa para o povo de Porto Alegre, cada vez mais.

Por fim, Sr. Presidente, queria agradecer aos demais Vereadores pela confiança ao me elegerem para a Presidência da CUTHAB, que, certamente, é um reconhecimento ao trabalho sério que, no primeiro ano, fizemos à frente da CUTHAB.

E, por fim, queremos dizer que nos colocamos inteiramente à disposição da Mesa para contribuir com a administração da Casa. Muito obrigado, e parabéns a todos os eleitos, seja para a Mesa, seja para a Presidência das Comissões, seja para a Vice-Presidência das Comissões. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Registramos o recebimento da nominata dos membros das Comissões, a qual confirma a eleição feita pela maioria.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PSDB.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Oliboni, dirigindo a Sessão, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras, senhoras e senhores, se eu disser aqui desta tribuna que acreditei que o resultado final foi um resultado justo, eu estaria mentindo para os senhores. Eu acho que nós poderíamos ter um resultado melhor para a Casa – e eu não estou dizendo do nome escolhido para a Presidência. No pronunciamento que eu fiz aqui, eu disse, com todas as letras, que o Ver. João Antonio Dib reúne todas as condições para presidir esta Casa e eu tenho certeza absoluta de que, na 3.ª Secretaria, cargo que eu não busquei - foi um acidente de percurso que fez com que eu me elegesse, eu não estava buscando cargo absolutamente nenhum -, poderei trabalhar junto com o Ver. João Antonio Dib e aprender bastante com ele, já que ele tem, realmente, mais experiência que este Vereador. Mas nós poderíamos, na divisão de cargos, ter discutido melhor um tema que foi colocado à baila várias vezes, mas que, para mim, não ficou decidido, que é o problema da proporcionalidade. Eu creio, Ver. João Antonio Dib, que V. Ex.ª, que vai ser Presidente no ano que vem, poderia, em primeiro lugar, fazer com que o nosso Regimento pudesse se adequar àquilo que já existe hoje na Constituição brasileira e que rege as eleições no Congresso Nacional, que é a proporcionalidade sempre que possível. Acredito que, faltando esse termo no nosso Regimento, teremos alguns tipos de problemas a enfrentar, como os enfrentados agora. Mas poderíamos encomendar um trabalho para que pudéssemos ter alguém para nos dizer o que realmente significa essa proporcionalidade, principalmente numa Casa assim como a nossa. Eu acredito que, para o ano que vem, V. Ex.ª vai ter um trabalho muito grande, além de todo aquele que normalmente os Presidentes têm, mas o ano que vem é o ano de revisão do Plano Diretor, e V. Ex.ª é um homem extremamente adequado para comandar o trabalho do Plano Diretor, mas creio que esta Casa, no seu todo, não está preparada para fazer um trabalho de revisão. Acredito que vamos ter de fazer com que esta Casa reúna agora todos os atributos necessários para que os Vereadores possam ser bem orientados para as modificações necessárias ou para as verificações necessárias do Plano Diretor. E, por último, quero dizer que fiquei extremamente orgulhoso em pertencer a um Partido durante algum tempo, onde estava presente a figura do meu amigo Reginaldo Pujol. Eu trilhei com aquele Vereador durante dois anos aqui nesta Casa dos meus mandatos, e posso dizer, Ver. Reginaldo Pujol, que V. Ex.ª, neste tempo em que estivemos junto dentro do mesmo Partido, foi o mesmo homem de fibra, coerente com seus pensamentos, que acabou liderando esse movimento que terminou por ditar a eleição do Ver. João Antonio Dib para Presidente da Casa e para composição da Mesa, e, também,. para a composição das Comissões. V. Ex.ª não defendeu em nenhum minuto em que eu estive com V. Ex.ª os benefícios próprios: V. Ex.ª sempre trabalhou para que o grupo tivesse realmente a parcela que a proporcionalidade estudada para nós poderia nos dar para que pudéssemos fazer as divisões perfeitas que deveriam ser feitas na Casa.

Quero cumprimentar V. Ex.ª e dizer ao Ver. João Antonio Dib, que assume a Presidência, que estou fazendo este pronunciamento apenas para não ser incoerente com as minhas posições anteriores, mas quero dizer a V. Ex.ª que jamais ouvirá deste Vereador qualquer outro comentário a respeito desta eleição e que serei um soldado ao seu lado na Mesa Diretora a fim de que nós possamos realmente fazer um bom trabalho para que este Legislativo possa ser honrado por todos nós que estamos aqui representando esta sociedade.

Parabéns a V. Ex.ª, que todos nós possamos ser ajudados por Deus! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PSB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores, após três dias de muita discussão, de muito embate, há um detalhe importante: esta Casa política, mais uma vez, priorizou a política em detrimento da Justiça. Esse foi o grande salto positivo desta Casa, porque sabíamos de antemão que tínhamos dois concorrentes, e o Ver. Pedro Américo Leal colocou com precisão que o processo nesta Casa é de aritmética, não tem outra, porque é através do voto e a contagem dos votos e, quando a composição já acordada há quase 30 dias pelos diversos Partidos, a Frente Popular, composta pelo PT, PSB, PC do B, mais PTB, mais PPB, depois mais PL e, no último momento, a adesão do PSL, 19 Vereadores. Já sabíamos de antemão que tínhamos a maioria. Muito se discutiu a questão da proporcionalidade, mas eu pergunto: e se fosse o processo inverso? Quem estaria questionando o que e quem? A realidade é que quem tem a maioria é o vencedor, e aí eu quero cumprimentar o Ver. Reginaldo Pujol, que, mais uma vez, demonstrou a sua sabedoria e o seu poder de articulação aqui na Casa, pois sabendo que não iria ganhar, mesmo assim articulou, transitou e transita entre todos os partidos, tentando fazer, num segundo momento, a composição das Comissões, e aí o Ver. Pedro Américo Leal, num gesto de grandeza cedeu, como este Vereador aqui também cedeu, num determinado momento, e abdicou de uma Comissão.

O que nós queremos mostrar, mais uma vez, é que política se faz perdendo e ganhando, mas o que se busca é a maioria, e é em cima disso que nós então queremos, Ver. João Antonio Dib: desejar sucesso a V. Ex.ª. Saiba de antemão que terá o apoio dos Partidos que o apoiaram, mas quero falar, especialmente, a respeito do nosso apoio, do meu apoio vinculado ao PSB, porque sei da responsabilidade, pois, durante dois anos, tive a oportunidade de assumir a 1.ª Vice-Presidência desta Casa e sei da responsabilidade e a seriedade com que a sociedade nos encara, e sei que V. Ex.ª vai cumprir muito bem essa tarefa, já até imagino V. Ex.ª dando expediente diuturnamente no seu gabinete, porque essa é a sua característica: aqui sempre foi a extensão da sua Casa, só que agora, em vez do seu gabinete, vai ser a sala da presidência. Quanto a isso, eu fico bem tranqüilo, o resto, as composições, elas vão-se harmonizando, e muito mais nós vamos ter para falar no dia 2 de janeiro, quando será, realmente, a posse.

No segundo momento do dia de hoje, que se discutiu sobre as Comissões, eu penso que muito se cresceu, porque, num determinado momento, abriu-se mão de Comissões para contemplar outros grupos, e esta Casa, mais uma vez, deu a sua sabedoria, mostrando que aqui é uma casa política, porque, num determinado momento, questionou-se: “Não, mas então vamos para a Justiça” e, num determinado momento, eu perguntei inclusive para o Ver. Elói Guimarães: “Será que a Justiça, depois da votação aqui realizada vai dar o voto contrário? Não sou advogado, mas penso que, dificilmente, daria ganho de causa, Por quê? Porque, dentro da autonomia dos Poderes, esta Casa deliberou. Então eu volto a dizer que quem ganhou, mais uma vez, foi o Parlamento da Cidade de Porto Alegre. Os tensionamentos são normais. E esperamos que o Ver. João Antonio Dib, oito mandatos, tenha, realmente sucesso, porque ele disse que vai trabalhar conjuntamente com os demais 32 Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder pelo PFL.

Avisamos que amanhã às 9h30min haverá Comissão Representativa, e, conforme chegou o aviso, e às 10h terá Missa no Salão Glênio Peres.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu acredito que todos estejam extenuados, depois de um período extra de trabalho que nós tivemos em função das disputas que aqui ocorreram, em função de causas, de posições, de pleitos, de reivindicações, de afirmações que eu discordo por inteiro daqueles que temam que aqui nós fiquemos discutindo o que era desnecessário. Acho que numa Casa de representação política, as coisas têm de ser discutidas de forma intensa e, afinal, haverá de sair soluções que, se desagradam alguns e agradam a outros, sempre terão de ser o fruto daquilo que é o alicerce da democracia, ou seja o desejo da maioria. Então, eu retorno, hoje, à tribuna, acredito que muito provavelmente seja a última ocasião em que eu possa me dirigir aos amigos e as amigas que compõem esta Casa ainda neste ano Legislativo. Até porque, sabidamente, nós teremos uma convocação extraordinária que se anuncia para a próxima segunda-feira, em que a objetividade dos temas que serão debatidos não permitirão outro tipo de embate senão aquele da necessidade do atendimento de uma norma legal que determinou a própria convocação extraordinária. Mas quero, hoje, reiterar, com toda a tranqüilidade, os meus cumprimentos àqueles que construíram uma maioria nesta Casa e determinaram a eleição do Ver. João Antonio Dib o seu Presidente. Reafirmo os meus cumprimentos ao PT, eis que sempre entendi, e sempre o faço de forma muito transparente, que eles são os grandes vitoriosos do momento, o que de modo algum deve toldar a satisfação de alguns legítimos anseios de veteranos integrantes desta Casa, entre os quais o Presidente escolhido para dirigi-la no próximo período administrativo.

Quero, de outro lado, não poderia deixar de fazê-lo, reconhecer, Ver. Luiz Braz, V. Ex.ª que é um dos derradeiros presentes neste momento, a grande emoção que vivi por ter gozado, desde o primeiro momento, com a solidariedade expressa de 12 Vereadores e uma Vereadora - a Ver.ª Clênia Maranhão. Desde o momento em que o Vereador-Presidente da Casa, competente Vereador da Casa, José Fortunati, e o meu amigo Vice-Governador eleito Antonio Hohlfeldt, que o companheiro de tantas jornadas e ex-Presidente desta Casa, Luiz Fernando Záchia e o novo Deputado pelo Rio Grande Paulo Brum me consultaram sobre a disposição de nos fazermos candidato à Presidência da Casa, recebi uma soma de solidariedade que, efetivamente, tenho que registrar. E quero fazer muita justiça aos integrantes do Partido Democrático Trabalhista, liderados pelo Ver. Isaac Ainhorn, um Partido que muitas vezes foi acusado, nesta Casa, de ser fisiológico, de endereçar as suas posições em face de resultados imediatistas. Comigo não houve, em nenhum momento, qualquer pleito que pudesse justificar essa imagem. De resto, o apoio do Ver. Sebastião Melo - esse destemido Vereador -, do meu ex-companheiro de Partido, mas meu permanente amigo Ver. Luiz Braz, do Ver. Haroldo de Souza e até mesmo da, já citada, Ver.ª Clênia Maranhão, me deixam plenamente gratificado. Dizem que, às vezes, ganhando a gente perde e perdendo a gente ganha. Eu não acredito nisso. Eu acho que quando a gente está num embate a gente quer ganhar; especialmente quando esse embate, Ver. Valdir Caetano, não busca só a satisfação de algum desejo pessoal. Nós tínhamos uma disposição política nesse embate. Nós entendíamos que seria inconveniente para as forças políticas que nós representamos na Cidade e na Casa entregarmos à Prefeitura de Porto Alegre, indiretamente, ao Partido dos Trabalhadores no ano eleitoral de 2004. Nós sabíamos e sabemos que a eleição do Presidente da Casa, especialmente aquele que irá dirigi-la no ano de 2004, é a eleição do Vice-Prefeito da Cidade. E, lisamente, colocamos isso de público. Buscamos evitá-lo. Não conseguimos! Com todo o respeito, saudamos os vencedores; mas, com muito carinho, agradecemos àqueles que compreenderam a nossa mensagem. Que todos tenham boas festas e um feliz Natal! (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Mesa registra que recebeu um comunicado do Ver. João Carlos Nedel de que amanhã, às 10h haverá uma missa aqui no Salão Glênio Peres.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, antes de encerrar esta Sessão, eu gostaria de destacar o posicionamento do Ver. Pedro Américo Leal. Em todos os momentos da disputa ele se colocou à frente dando a sua colaboração, abrindo mão das possibilidades que teria e de seus anseios até. Isso é uma coisa que enobrece, isso é uma coisa que gratifica e eu fico profundamente feliz, já que todos nós – tenho absoluta convicção – queremos ajudar a construir esta Cidade. E o Ver. Pedro Américo Leal, com a sua espontaneidade, com a sua sinceridade e com a lealdade que ele tem no nome, está ajudando a construir e nós vamos construir uma Porto Alegre melhor. Saúde e paz!

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: O meu amigo Ver. João Dib não se convenceu até agora que eu quero vê-lo na Mesa, à minha frente; quero deixar esse lugar vago. Ele não se convence disso, o que é que eu vou fazer?

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): A Mesa lembra a convocação extraordinária da Sessão Legislativa no dia 23 de dezembro de 2002, às 14h, para a apreciação do PLE n.º 080/02 e do PLE n.º 038/02.

Ao mesmo tempo agradece a colaboração de todos e dá por encerrada a Sessão. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h08min.)

 

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